terça-feira, 24 de novembro de 2009

Prefeito do PSDB é acusado de superfaturar obras do PAC e polícia investiga ligação do esquema com campanha de 2008



As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá viraram caso de polícia. Onze pessoas foram presas, na segunda-feira 10, em operação da Polícia Federal (PF) sob a acusação de participar de um esquema de fraudes em licitações.

O prefeito Wilson Santos (PSDB) é acusado de formar um conluio com empreiteiros para superfaturar orçamentos. A denúncia de irregularidades no PAC cuiabano foi publicada por ISTOÉ na edição 2072, de 29 de julho, e mostrou que a Controladoria-Geral da União (CGU) identificou superfaturamento de R$ 15 milhões na construção da estação de tratamento de água Tijucal e pediu explicações à prefeitura sobre gastos de R$ 40 milhões.

Segundo relatório da PF, os editais de licitação de sete lotes de obras continham cláusulas que direcionavam a escolha para o consórcio composto pelas construtoras Três Irmãos, Gemini, Concremax, Encomind e Lúmem Engenharia, com sede em Cuiabá.

"As licitações foram um simulacro com acertos, subornos, pagamentos indevidos, corrupção de servidores públicos, ameaças e uso de métodos de persuasão, próprios de estruturas criminosas", disse o juiz Julier Sebastião da Silva. Na operação, foram presos o suplente de deputado estadual e empreiteiro Carlos Avalone Júnior (PSDB) e o procurador-geral da prefeitura, José Antônio Rosa, ambos ligados a Santos.

As suspeitas começaram em 2007, a partir de investigação do TCU e da CGU que, ao identificar os problemas, pediram o cancelamento dos editais do PAC em Cuiabá. Em 2008, por meio de denúncia anônima, a PF soube previamente o resultado da licitação.

Em entrevista, Santos se esquivou de qualquer responsabilidade. Mas o delegado Márcio Carvalho e o superintendente da PF no Estado, Oslain Santana, informaram que não está descartada a possibilidade de ligação entre as fraudes nas obras do PAC cuiabano com a arrecadação de recursos para a campanha eleitoral do PSDB à prefeitura em 2008.

Por isso, embora não tenha sido decretada sua prisão, Santos continua sendo monitorado pelos agentes da PF. Ainda segundo a PF, além de o prefeito ser o responsável, como gestor público, por contratar, executar e fiscalizar as obras, escutas telefônicas, com autorização judicial, evidenciaram a relação dele com empreiteiros.

Para não levantar suspeitas, revela o relatório policial, os encontros do prefeito com os representantes das empreiteiras ocorriam em São Paulo e numa casa situada na Chapada dos Guimarães (MT). Num dos diálogos interceptados, no dia 18 de abril de 2008, Rosa, procurador da prefeitura envolvido no esquema, agenda um jantar com um empreiteiro de nome Felipe, da Tejofran, uma das empresas que ganharam a licitação para o lote 2 do PAC, em Cuiabá.IstoÉ

Governo Serra: Arrocho, descaso, má gestão


Governo paulista é permeado por gastos desnecessários, promessas não cumpridas, altas tarifas, precarização do serviço e escândalos. Se você vota em José Serra, ainda há tempo para mudar... Não queira para o Brasil o que Serra faz por São Paulo!


Propaganda é a alma do negócio

Propaganda: Os gastos com propaganda do governo Serra saltaram de R$ 88 milhões em 2007, para R$ 202 milhões em agosto de 2009, podendo ultrapassar a R$ 300 milhões até o final de 2009.

Geração de Emprego e Renda: estão previstos recursos de R$ 1,3 milhão. Foram gastos R$ 0,00 (zero) até o momento (agosto/2009).

Saneamento: estão previstos recursos de R$ 3,2 milhões em apoio à implantação de Política Estadual. Foram gastos R$ 0,00 (zero) até o momento (agosto/2009).

Agência de Desenvolvimento: estão previstos recursos de R$ 132 mil em apoio à criação da agência. Foram gastos R$ 2 mil até o momento (agosto/2009).

Recuperação de Mananciais: estão previstos recursos de R$ 106 milhões na Recuperação do Alto Tietê. Foram gastos R$ 10 mil até o momento (agosto/2009).

Policiamento Comunitário: estão previstos recursos de R$ 650 mil em investimentos. Foram gastos R$ 105 mil até o momento (agosto/2009).

Vigilância Epidemiológica: estão previstos recursos de R$ 382 mil no combate à dengue. Foram gastos R$ 153 mil até o momento (agosto/2009).

Programa de Saúde da Família: estão previstos recursos de R$ 34 milhões em investimentos. Foram gastos R$ 12 milhões até o momento (agosto/2009).

Inteligência Policial: estão previstos recursos de R$ 253 milhões em investimentos. Foram gastos R$ 76 milhões até o momento (agosto/2009).


Um mau pagador de promessas

José Serra não cumpriu até agora nem metade das promessas de campanha. Nas áreas de saúde, educação, transporte e segurança, ele não atingiu nem 40% das metas.

Na educação há problemas de gestão tais como: capacitação de professores, material didático errado e problemas nas reformas e construções de novas escolas.

No setor de habitação, não foram cumpridas metas de urbanização de favelas, construção de moradias e financiamentos.


Uma epidemia de violência e crimes

Dos 12 indicadores de criminalidade, divulgados pela Secretaria de Segurança Pública no primeiro semestre de 2009, 10 tiveram aumentos expressivos.

Latrocínio: aumento de 79,3% em relação ao mesmo período de 2008.

Estupro: aumento de 16,9% em relação ao mesmo período de 2008.

Roubo de veículos e cargas: aumento de 20% em relação ao mesmo período de 2008.

Homicídios: SP atingiu taxa de 11 casos por grupo de 1000 habitantes, considerado epidemia pela Organização Mundial de Saúde.

Seqüestros: aumento de 75% no 2º trimestre – comparado com o mesmo período de 2008.

Investimentos: Em 2008, houve corte de R$ 580 milhões em segurança.

Instalações para Polícia Civil: promessa de 40 instalações, sendo que foram entregues apenas 13 até o momento (agosto/2009).

Recursos: corte em R$ 650 mil em recursos ao policiamento comunitário.

Presídios: promessas não cumpridas de 40 mil novas vagas e 49 presídios.


Um crime contra a Saúde do Povo

Houve a entrega do Sistema Único de Saúde às Organizações Sociais (privatização e terceirizações).

Esquema de “duas filas” ampliou a demora no atendimento do SUS e discriminação na porta de entrada.

Em 2008, R$ 585 milhões deixaram de ser aplicados na saúde da população.

De 2000 a 2008, o governo tucano tirou R$ 3,3 bilhões do setor de saúde, suficiente para construir 66 hospitais de 250 leitos.

Além de tudo, faltam médicos, leitos e remédios, em conseqüência da política adotada pelo PSDB.


A educação em crise permanente

A educação na gestão tucana distribuiu livros com erros grosseiros, unidades depredadas, profissionais mal pagos e altos índices de analfabetismo.

São Paulo está em 14º lugar em 2008, nas avaliações de desempenho escolar do MEC.

O Estado de São Paulo possui 1,4 milhão de analfabetos, sendo que a taxa de adultos é 4,7% mais alta do que países como a Argentina (2,8%).


Trabalhador em segundo plano

Apesar da inscrição de 900 mil pessoas, o programa de frente de trabalho e qualificação, menos de 200 mil foram beneficiadas.

O Banco do Povo deveria conceder 140 mil empréstimos, sendo que mal chegou a 60 mil.


Funcionalismo sofre com o arrocho

O governo de São Paulo não garante o salário-mínimo regional aos servidores.

Na iniciativa privada um auxiliar de serviços gerais recebe R$ 505, enquanto que o servidor paulista recebe pela mesma ocupação R$ 133 (sem bônus e gratificações).

Serra desobedece a data-base dos funcionários públicos, não implanta planos de carreira, discrimina aposentados e pensionistas nos benefícios, amplia a terceirização dos serviços.

Os trabalhadores do Estado “mais desenvolvido” do pais recebem um mísero tíquete de alimentação de R$ 4,00.


Metrô: atrasos, panes e mortes

Os governos tucanos de 1995 à 2009, construíram apenas 2 km por ano em linha do metrô de São Paulo.

Os metrôs de SP possuem um média de 9 passageiros por metro quadrado, enquanto que o tolerado é de 6 passageiros.

Os passageiros do metrô de SP sofrem diariamente com panes, atrasos, filas e megalotação, por falta de investimentos, manutenção e planejamento.


São Paulo, terra dos pedágios

Desde o inícios dos mandatos do PSDB no governo de São Paulo, o número de pedágios foram multiplicados por 4 e suas tarifas são as mais altas do mundo.

Em 1997, eram 40 pedágios – agora, são 163. Devem chegar em breve à 170.

Os pedágios de São Paulo são seis vezes mais caras que as tarifas das rodovias federais.

Os 21,6 milhões de veículos que pagam tarifas nos pedágios, deixam em média R$ 126 por segundo nos pedágios, e os lucros devem superar a R$ 4 bilhões este ano.


Rodoanel: supercaro e atrasado

O trecho Sul foi cotado inicialmente em R$ 2,5 bilhões para ser entregue em novembro de 2009. Deve passar dos R$ 4,5 bilhões e deve ser entregue só em 2010 antes das eleições.


Imposto alto e pagamento adiantado

Governo Serra passou a cobrar antecipadamente o ICMS, prejudicando vários setores produtivos, micro e pequenos empresários.

A carga tributária paulista subiu de 9,10% para 9,77% do PIB, de 2007 para 2008.


Blindagem e falta de transparência

Mesmo com acusações de pagamento de propinas às empresas Alstom e Siemens, o governo Serra continuam com contratos com estas empresas.

Com a Alstom são R$ 9,6 bilhões em contratos firmados desde 1989.

No governo Serra, os contratos com a Alstom somam R$ 2,08 bilhões.


Máfia das casinhas

A Assembléia Legislativa investiga irregularidades e fraudes em licitações no CDHU. Estima-se que foram 60 contratos irregulares da companhia, de 2001 a 2007, num total de R$ 135 milhões.Por Douglas Yamagata

sábado, 11 de abril de 2009

45 escândalos de José Serra (PSDB)


A minha colaboração para iniciar o blog que você leitor vai escrever


1) A Operação Vampiro

Recentemente, estourou mais um escândalo de corrupção. A chamada “Operação Vampiro” desvendou uma quadrilha que atuava no Ministério da Saúde, nas licitações para a compra de medicamentos. As investigações indicam que “vampiros” da máfia do sangue faziam parte do esquema PC Farias da rede de corrupção de Collor. Porém, a máfia seguiu atuando impunemente. No governo FHC, o ministro José Serra conviveu por quatro anos com os mafiosos sem incomodá-los, enquanto embolsavam R$ 120 milhões por ano. Difícil imaginar que Serra não soubesse de nada do que estava acontecendo sob seu nariz.


2) O avanço da dengue

Em 2001, o ministro da Saúde, José Serra, que segundo a propaganda, era o “melhor Ministro da Saúde, da história”, gastou R$ 81,3 milhões em propaganda e apenas R$ 3 milhões em campanhas de combate à dengue. Como parte do plano econômico, demitiu seis mil mata-mosquitos contratados para eliminar os focos do Aedes Aegypti (transmissor da dengue). Resultado: em 2002 o Estado do Rio de Janeiro registrou 207.521 casos de dengue, com 63 mortes.

3) Os genéricos e as multinacionais

A propaganda do PSDB mostra Serra como um homem corajoso, que enfrentou as multinacionais no caso dos remédios genéricos. Tudo mentira. Ele fez um grande acordo com as multinacionais, que puderam importar diretamente, sem impostos, os produtos fabricados no exterior, levando inclusive algumas empresas nacionais à falência. Depois do período inicial, com genéricos mais baratos, o conjunto dos remédios foi ficando cada vez mais caro. Hoje, as multinacionais ampliam seus lucros, vendendo diretamente produtos importados, sem pagar nada de impostos, e com preços cada vez mais altos.



Briga de camarilhas (2002)

Luiz Antonio Magalhães

A revista Veja foi responsável pelo maior petardo desferido até aqui contra a candidatura oficial do senador José Serra (PSDB). A reportagem publicada na edição desta semana da revista da Editora Abril revela que o ex-diretor do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio de Oliveira, indicado para o cargo pelo então ministro-chefe da Casa Civil, Clóvis Carvalho, com o aval de Serra, teria pedido uma propina de R$ 15 milhões ao presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Benjamin Steinbruch, para "organizar" o consórcio vencedor do leilão de privatização da mineradora. A existência do pedido de propina é corroborada na reportagem por dois tucanos de altíssima plumagem: Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro das Comunicações, e Paulo Renato Souza, que até o fechamento deste artigo ainda ocupava o cargo de ministro da Educação.

Se tudo isto não bastasse, Veja também denunciou a existência de um esquema de "caixa dois" na campanha ao Senado de Serra em 1994. A "doação" de R$ 2 milhões teria sido feita pelo empresário Carlos Jereissati, irmão de Tasso, ex-governador tucano do Ceará.

Se as denúncias que apareceram em Veja tivessem saído em publicações de oposição, os tucanos não hesitariam em qualificar o material de "propaganda eleitoral". A bem da verdade, o presidente do PSDB, deputado José Aníbal, não hesitou e, ainda durante o final de semana em que a revista chegava às bancas, alardeou o caráter "eleitoral" da reportagem e, para ser coerente, criticou duramente o ministro da Educação pela entrevista concedida à Veja. Tomou um "cala-boca" raramente visto entre tucanos: "Queriam que eu mentisse? Não reconheço a autoridade de José Aníbal para me repreender", respondeu Paulo Renato.

Na última segunda-feira, ainda mal recobrado do nocaute desferido pelo ministro, Aníbal resolveu mudar de discurso e atirou em novo alvo, elegendo o PT como responsável pela "plantação" de um suposto dossiê contra Serra. O presidente tucano, porém, não é inocente e sabe melhor do que ninguém que não foi assim que as coisas se deram. A hipótese de uma "plantação petista" sair na capa da mais importante publicação da família Civita é tão crível quanto a da seleção brasileira de futebol ser goleada pela China na próxima Copa do Mundo. Em política, como se sabe, nada é impossível.

Ora, se o palpite de Aníbal está incorreto, qual é o correto? O que terá acontecido com Veja? É difícil para quem está fora do contexto da produção da revista saber exatamente o que motivou a publicação da reportagem. O professor Bernardo Kucinski, no boletim "Cartas Ácidas" de segunda-feira (6/5), levanta três explicações para a virada de rumo de Veja, todas elas compatíveis entre si.

1. "A hipótese da competição jornalística" – Segundo Kucinski, esta é a "explicação mais inocente" para a reportagem contra Serra: a competição jornalística pura e simples teria motivado a matéria. O professor lembra que foi este mecanismo "de competição virtuosa que levou o Washington Post e o New York Times a perseguirem incessantemente o escândalo Watergate, até a derrubada de Nixon." Se esta hipótese fosse confirmada, o jornalismo brasileiro estaria dando um importante salto do qualidade. O próprio Kucinski, porém, é cético sobre esta explicação.

2. "A hipótese patrimonialista" – A segunda explicação do professor tem muito a ver com a primeira, apenas não se limita à competição entre Veja e seus concorrentes. Conforme Kucinski, é possível que a família Civita tenha "decido atacar o esquema Serra por considerar que é também o esquema Globo. (...) Nesta campanha pode estar havendo uma guerra entre grupos de comunicação, subjacente à disputa eleitoral". A explicação faz sentido quando se observa que a crise no setor de comunicações é grave, ameaçando o futuro das empresas. Assim, escreve Bernardo Kucinski, a "gota d’água, para a Abril, seria o empréstimo de US$ 500 milhões que a Globo acaba de receber do BNDES. A Globo é hoje a grande predadora do mercado da Abril, justamente através do lançamento de Época".

3. "A hipótese da rearticulação política" – Segundo Kucinski, esta é a mais forte explicação para a mudança editorial de Veja. "A fritura de Serra teria sido uma decisão do grande empresariado, para permitir a recomposição do bloco de poder e assim zerar a campanha e derrotar Lula. O sacrifício de Serra é necessário a essa recomposição, como Bornhausen não se cansa de dizer e Veja pode ter tomado a iniciativa como parte dessa manobra."

Como diriam os italianos, "se non è vero, è bene trovatto". A sucessão do presidente Fernando Henrique Cardoso há muito se tornou uma verdadeira guerra de camarilhas. A saída do PFL do governo após o escândalo que derrubou a candidatura Roseana Sarney; as infrutíferas tentativas de se chegar a um consenso para compor com o PMDB a chapa presidencial de Serra; e até mesmo a já esquecida disputa interna no PSDB, em que Paulo Renato e Tasso Jereissati foram alijados de forma prepontente pelo atual candidato do partido – todos esses capítulos de um conflito interno na base governista que, agora se sabe, está longe de seu desfecho. De fato, até tucanos de carteirinha já espalham que a candidatura Serra está com os dias contados.

A revista Veja, por outro lado, jamais deixou de apoiar o governo Fernando Henrique nos momentos mais difíceis de seu mandato. Uma análise mais detida da publicação mostra que Veja sempre esteve na ponta-de-lança do governismo, atacando o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra quando este conquistou a simpatia da opinião pública, defendendo a política de entrega do patrimônio público nacional e o sucateamento da indústria brasileira via abertura de importações e, principalmente, ridicularizando a candidatura petista de Luiz Inácio Lula da Silva.

Aliás, é bom lembrar que na mesmíssima edição em que Sérgio Ricardo de Oliveira ganhou a capa de Veja (que ironicamente saiu com a cor laranja dominante), a reportagem de abertura da editoria "Brasil" trata de mostrar que os bancos internacionais não estão gostando muito da subida de Lula nas pesquisas eleitorais. O tratamento dado a Lula na matéria é a antipatia de sempre.

Que o presidente do PSDB nos perdoe, mas se há realmente motivação política na publicação da reportagem, então a explicação de Bernardo Kucinski faz muito mais sentido do que uma estapafúrdia aliança de petistas e os Civita com intuito de tirar Serra do caminho de Lula. Veja continua, portanto, onde sempre esteve: atuando nas sombras, servindo a algum interesse ainda oculto nas brigas de foice que são travadas em Brasília.

Tiroteio

O "melhor" ministro da saúde gosta de sangue: promoveu horas de tiroteio na frente do hospital Albert Einstein levando alguns pacientes a ataques cardíacos só porque quis humilhar esses trabalhadores ao não receber representantes das duas polícias, aposenta médicos com doutorado ganhando 2000 reais, acusa o PT de ter incendiado alas do HC, quando o incêndio ocorreu por falta de investimento na parte elétrica.( Por: trovinho)

Operação José Serra

Publicado na revista Caros Amigos, em novembro de 2008

Com alguma paciência para escarafunchar notícias antigas, o leitor curioso estabelece a trilha que leva Daniel Dantas ao Palácio dos Bandeirantes. A viagem começa em 1994, quando Ricardo Sérgio de Oliveira atuou como arrecadador da campanha de José Serra, que depois o indicaria para diretor do Banco do Brasil.

Através dos fundos de pensão, Ricardo Sérgio financiou os consórcios de Dantas nos leilões da telefonia, das estatais elétricas e da Vale do Rio Doce. Ele também arquitetou o caixa dois da campanha reeleitoral de FHC. Participaram do esquema o Opportunity (via Marcos Valério) e o grupo francês Alstom, hoje investigado pelo suborno de altos funcionários tucanos em licitações do Metrô paulista. Andrea Matarazzo, amigo de Serra, aparece com freqüência nesses episódios.

O delegado que investigava Ricardo Sérgio foi afastado em 1998 por Marcelo Itagiba, então superintendente da Polícia Federal. Itagiba, casado com uma prima de Matarazzo, virou assessor de Serra no Ministério da Saúde. Hoje, deputado federal, preside a CPI dos Grampos, que tenta desqualificar a atuação do delegado Protógenes Queiroz na operação Satiagraha. Queiroz teria omitido informações de seus superiores. Um deles, o diretor de Inteligência Daniel Lorenz, coordenara as investigações sobre o extinto dossiê que apontava ligações de Serra com a máfia das ambulâncias.

Dantas não ficou preso graças a Gilmar Mendes, defensor do governo FHC na Advocacia-Geral da União. Já ministro do STF, Mendes arquivou uma ação de improbidade administrativa contra Serra. Depois, afirmou ter sido espionado quando falava ao telefone com o senador Heráclito Fortes. Este possui ligações com as empresas de Dantas e é amigo de sua irmã, Verônica, ex-sócia da filha de Serra. Restam dúvidas sobre os motivos da blindagem em torno de Daniel Dantas?

(Por: Marco Garcia)